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Zonas Industriais

Vale de Cambra é o único concelho da região do EDV no qual as indústrias metalúrgicas de base e de produtos metálicos são dominantes (31,9%). Segue-se a indústria têxtil (15,2%) e a indústria da madeira e de cortiça e suas obras (13,7%), sobretudo pela sua componente madeira.

No concelho de Vale de Cambra existe apenas uma indústria extractiva (Pedreira).

As empresas industriais do concelho de Vale de Cambra concentram-se nas freguesias de S. Pedro de Castelões e Vila Chã, embora Macieira de Cambra e Codal apresentem valores significativos.

Observa-se neste concelho o predomínio de pequenas empresas representando 91,2% do total. A maioria das médias e grandes empresas localizam-se na freguesia de Vila Chã.

Há uma clara dinâmica de criação de empresas a partir de 1981, que se acentuou na década de 90.

As freguesias de Codal, Macieira de Cambra, S. Pedro de Castelões e Vila Chã foram as mais procuradas por parte dos empresários.

Uma análise da ocupação anterior do actual empresário revela a elevada percentagem de criação de empresas por ex-empregados em empresas do mesmo ramo (32,8%) e ex-empregados em empresas de outro ramo (16,8%). Verifica-se, uma dinâmica de crescimento do tecido industrial a partir da iniciativa de trabalhadores locais que se fixam por conta própria no concelho.

Os empresários do concelho têm, na sua maioria, idade compreendida entre os 46 e 55 anos; este grupo é  secundado pelo escalão etário dos 36 a 45 anos.

No que diz respeito ao nível de escolaridade dos empresários constata-se que 72% dos empresários têm formação inferior ao 10º ano. Apenas 10,4% dos empresários têm formação superior, correspondendo aos proprietários das grandes empresas.

Relativamente ao pessoal ao serviço na indústria do concelho verifica-se que a maioria trabalha em empresas sediadas na freguesia de Vila Chã, devido essencialmente ao facto de nesta freguesia se localizarem as grandes e médias empresas. As freguesias de Arões, Cepelos, Junqueira, Rôge e Vila Cova de Perrinho apresentam valores baixos do número de trabalhadores, pois aí apenas existem empresas de pequena dimensão, com um número reduzido de trabalhadores.

O sector DJ (Indústrias metalúrgicas de base e de produtos metálicos) é o que emprega o maior número de trabalhadores (48,3%), seguido do sector DK (Fabrico de máquinas e equipamentos (20,8%) e DD ( Industria da madeira e cortiça(18,3%).

Relativamente à distribuição dos funcionários das empresas por grupos etários constata-se que é o estrato etário dos 26 a 35 anos aquele que detém maior número de indivíduos.

No que concerne ao nível de escolaridade dos funcionários constata-se que 76,5% dos funcionários têm formação inferior ao 10º ano. Apenas 6,4% dos funcionários têm habilitações literárias de nível superior. De salientar a baixa escolarização de mão-de-obra que existe no concelho (25% dos funcionários possuem apenas o 1º ciclo).

No que se relaciona com a qualificação profissional dos funcionários regista-se um claro predomínio dos operários qualificados/ encarregados/mestres, pois a mão-de-obra solicitada pelas empresas mais representativas do concelho aponta neste sentido, nomeadamente as empresas do sector metalúrgico e de produtos metálicos, da madeira e da fabricação de máquinas e equipamento que requer, nestes casos, mão-de-obra qualificada.

As compras de matérias-primas da totalidade das empresas inquiridas incidem essencialmente no resto do país, enquanto que o distrito de Aveiro apresenta-se como sendo a área destino predominante da produção das empresas.

A matriz origem/destino dos trabalhadores das empresas revela que a maioria dos trabalhadores são das freguesias de S. Pedro de Castelões e Vila Chã, sendo as freguesias de Vila Chã e Codal o destino principal dos funcionários. Os diversos fluxos provenientes de outras freguesias e concelhos revelam que haverá um atravessamento do “centro da cidade” nas horas de entrada e saída dos trabalhadores das empresas, o que se verifica pelo tráfego intenso observado neste período e que eventualmente justificará a criação de variantes.

O automóvel próprio é o meio de deslocação mais utilizado pelos funcionários das empresas inquiridas, sendo que 72,5% dos funcionários se deslocam em transporte próprio, com os consequentes efeitos no tráfego e no ambiente. De destacar pela negativa o baixo número de funcionários que utiliza os transportes públicos.

O abastecimento de água, as telecomunicações e a energia eléctrica são as que melhor satisfazem os empresários, enquanto que o saneamento básico e a recolha de resíduos sólidos urbanos são encarados como infra-estruturas “regulares” ou “más”.

A rede viária e os transportes também foram avaliados negativamente pelos empresários, com 38.4% e 30.4%, respectivamente.

De todas as infra-estruturas avaliadas, as telecomunicações e a energia eléctrica são as que melhor satisfazem os empresários, com 41.6% e 35.2%, nomeadamente.

Relativamente aos efeitos provocados no Ambiente verifica-se que existe, já, uma pequena percentagem de indústrias sensíveis aos problemas causados no Ambiente. Em relação às emissões de ar para a atmosfera verificou-se que 85.6% respondeu que não emite substâncias. Considerando o tipo de equipamento que as empresas dispõem, observa-se que cerca de 90.0% não dispõem de incineradora. Atendendo ao tipo de indústria existente no concelho, a qual induz algum potencial poluente, serão de equacionar os efeitos negativos no Ambiente.

O abastecimento de água às indústrias do concelho faz-se, principalmente, por captação própria (58,4%), recorrendo 40% ao abastecimento público. 

No que respeita ao tipo de rede de saneamento existente verifica-se que apenas 4.0% das empresas referem a posse de colector industrial e 8.8% afirmam dispor de colector unitário, o que totaliza 16 empresas. Aquelas que dispõem de colector são as de maior dimensão.

Ao nível dos efluentes, verifica-se que 34.4 % das empresas admitiram rejeitar águas residuais industriais. Em relação ao tratamento de águas residuais efectuado pelas indústrias este é mínimo, apenas 4.8% das indústrias efectuam tratamento, restando 21.6% que rejeitam o efluente para a rede de saneamento e 25.6% para a fossa séptica.

Dos resíduos produzidos, 26.4% são reciclados, 17.6% são reutilizados e 24% são rejeitados. Contudo, 14.4% das indústrias optaram por possuir mais do que um sistema de rejeição ou eliminação de resíduos sólidos.

Relativamente ao ruído, verifica-se que uma grande parte dos industriais não sabe traduzir os níveis de ruído produzidos em dB(A) da sua unidade industrial, nomeadamente, em 125 indústrias 88.8% não responderam a esta questão, apenas 8 (6.4%) foram identificadas pelos industriais como actividades muito ruidosas ou seja com níveis de ruído superiores a 75 dB(A), restando 1 (0.8%) como ruidosa (75 a 65 dB(A)) e 5 (4%) como pouco ruidosas (65 a 45 dB(A)).

Quanto às medidas de redução de impacte ambiental utilizadas para mitigar os efeitos do ruído e das emissões para a atmosfera, verifica-se que 26.4% dos empresários já recorreu a medidas de redução de impacte ambiental para a atenuação ou eliminação do ruído, enquanto que para o ar, apenas 12.0% dos empresários recorreu a medidas de redução de emissão de substâncias susceptíveis de poluírem o ar.

Uma análise das áreas de investimento dos empresários nos últimos cinco anos, permitiu verificar que a principal área de intervenção é no processo produtivo, nomeadamente na aquisição de equipamento e na modernização ou ampliação das instalações, resultando um interesse no crescimento das unidades industriais, sem a preocupação de investir noutros sectores.

De acordo com as intenções de expansão da indústria e sua compatibilização com factores de localização determinante face à situação actual haverá necessidade de disponibilizar 89 lotes industriais. Das empresas que pretendem mudar-se para outro local, a maioria prefere S. Pedro de Castelões (34%) e Vila Chã (20%) como locais de expansão para uma possível zona industrial